Acima das Nuvens do Teto
No coração do serviço público brasileiro, um grupo de 53 mil servidores habita uma espécie de “andar superior” da máquina estatal — um pavimento onde o teto salarial, ao invés de limitar, parece ter virado apenas referência simbólica. Em doze meses, a conta desse extravasamento chegou a impressionantes R$ 20 bilhões, valor suficiente para financiar programas inteiros, erguer escolas, reforçar hospitais ou pavimentar novas rotas de infraestrutura.
Esses vencimentos acima do limite legal — muitas vezes impulsionados por auxílios, indenizações e brechas históricas — formam um mosaico complexo: entre direitos adquiridos, interpretações jurídicas e estruturas que se perpetuam, o teto parece flexível demais para quem vive perto dele. Enquanto isso, o debate sobre remuneração no setor público continua aceso, dividindo opiniões entre quem vê privilégios injustificáveis e quem defende que funções de alta complexidade exigem compensações à altura.
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