Chile decide futuro presidencial entre candidatos opostos, mas com propostas surpreendentemente próximas

  O Chile vive um momento de tensão e expectativa com a eleição presidencial de hoje, marcada por uma disputa entre dois candidatos que, à primeira vista, parecem opostos ideológicos. No entanto, ao analisar seus programas, especialistas apontam que ambos compartilham pontos importantes em áreas-chave, como economia, infraestrutura e desenvolvimento tecnológico. Enquanto um candidato se apresenta como defensor do mercado livre e da iniciativa privada, o outro enfatiza a intervenção do Estado e políticas sociais mais amplas. Apesar das diferenças retóricas, ambos defendem medidas para atrair investimentos, estimular a inovação e manter a estabilidade fiscal, mostrando que, no fundo, a divergência pode ser mais de estilo do que de conteúdo. Essa situação deixa eleitores e analistas em alerta: embora a disputa seja polarizada, o resultado poderá significar uma continuidade em certas políticas essenciais, mesmo com mudança no comando político. Para muitos, a eleição não é apenas sob...

O Brasil, há décadas, optou por priorizar a formação de "doutores" com diplomas em vez de cidadãos alfabetizados, mesmo que apenas em nível básico. O resultado dessa política pública perversa, elitista e insensata está claramente refletido na mais recente Pesquisa do Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf): 29% dos brasileiros entre 15 e 64

 O Brasil, há décadas, optou por priorizar a formação de "doutores" com diplomas em vez de cidadãos alfabetizados, mesmo que apenas em nível básico. O resultado dessa política pública perversa, elitista e insensata está claramente refletido na mais recente Pesquisa do Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf): 29% dos brasileiros entre 15 e 64 anos são analfabetos funcionais.

Isso significa que quase um terço da população economicamente ativa é incapaz de interpretar um texto ou realizar cálculos simples. Continuamos a agir como se o problema pudesse ser resolvido com estatísticas apresentadas em PowerPoints ministeriais. É revoltante o abismo entre os discursos progressistas e os números alarmantes da realidade. Segundo a OCDE, o Brasil investe US$ 14.735 por aluno no ensino superior, um valor comparável ao de países como Alemanha e França.

E quanto à educação básica? Apenas míseros US$ 3.583 por estudante – um terço da média internacional. Enquanto os representantes do governo defendem com fervor o orçamento bilionário das universidades públicas, onde a maioria dos alunos provém da elite ou da classe média alta, que estudou em colégios particulares, a educação básica apodrece, abandonada e subfinanciada.

Até quando isso vai continuar?

Estamos priorizando o topo da pirâmide enquanto a base desmorona. Esse investimento é regressivo, excludente e, acima de tudo, inútil: de que adianta ter universidades gratuitas se os alunos chegam lá sem saber ler, escrever ou raciocinar com clareza? Essa distorção não é apenas uma falha técnica; é uma violência social institucionalizada que condena milhões de brasileiros à informalidade, a subempregos, jornadas exaustivas e salários indignos.

O Brasil empurra seus jovens mais humildes para a ignorância e, em seguida, os culpa pela própria miséria quando dependem de programas assistenciais como o Bolsa Família. Enquanto formamos jovens ricos com títulos de mestrado e doutorado financiados com dinheiro público, milhões de jovens adultos pobres permanecem presos à imobilidade social devido à precariedade da educação pública.

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