Nenhum papa da Igreja Católica visitou tantas localidades no Brasil quanto Leão XIV, o novo sumo pontífice eleito na quinta-feira (8) para suceder o papa Francisco (1936-2025).
Nenhum papa da Igreja Católica visitou tantas localidades no Brasil quanto Leão XIV, o novo sumo pontífice eleito na quinta-feira (8) para suceder o papa Francisco (1936-2025).
Durante seus dois mandatos consecutivos como superior geral da Ordem de Santo Agostinho, entre 2001 e 2013, ele esteve no Brasil pelo menos cinco vezes, visitando, conforme apurado pela BBC News Brasil, todas as comunidades agostinianas do país. Isso inclui os seis estados que possuíam unidades da ordem na época: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso e Goiás.
Uma de suas visitas ao Brasil ocorreu nos anos 1990, quando ainda era missionário no Peru. As outras quatro visitas aconteceram durante seu mandato como superior geral, nos anos de 2004, 2008, 2012 e 2013.
Seu antecessor, Francisco, esteve no Brasil oficialmente apenas duas vezes: uma como papa, em 2013, e outra como cardeal arcebispo de Buenos Aires, em 2007. Antes dele, apenas dois outros papas visitaram o país: Bento XVI (1927-2022), que esteve aqui em 2007, e João Paulo II (1920-2005), o primeiro a pisar na maior nação católica do mundo.
João Paulo II fez três visitas oficiais ao Brasil, em 1980, 1991 e 1997, e em 1982, durante uma escala no Rio de Janeiro a caminho da Argentina, fez um breve discurso no aeroporto. Em sua primeira viagem ao Brasil, em 1980, ele visitou 12 estados em apenas 12 dias, um feito que ainda não foi superado.
Leão XIV, que recentemente visitou a Basílica de Santa Maria Maggiore, onde está sepultado o papa Francisco, quase veio ao Brasil em 2025. Ele estava confirmado como pregador convidado na Assembleia Geral dos Bispos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), marcada para ocorrer entre 30 de abril e 9 de maio em Aparecida, mas o evento foi suspenso devido ao conclave.
Aqueles que tiveram a oportunidade de conviver com ele durante suas viagens ao Brasil o descrevem como um homem que prefere ouvir a falar e que, em seus primeiros contatos, pode parecer um tanto tímido. No entanto, destacam sua simplicidade e acessibilidade. Geralmente, as pessoas o chamam de "padre Prevost".
"Ele é um homem muito culto e afável. Discreto, ouve muito e fala pouco, mas presta muita atenção. É muito fraterno nas relações pessoais", observa o frade Paulo Gabriel Lopez Blanco, que conhece o religioso norte-americano há 25 anos e esteve com ele em diversas ocasiões no Brasil e em outros países.
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